sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Não pretendo ser mais que tu
Quero ser só teu mais que tudo
Desculpa se é pedir muito
Diz que me amas, o amor é cego, não é mudo

Como viveria eu sem sentir a tua sombra
A tua magia negra que me deslumbra e me assombra
Tenho o que queres, queres?
Anda, mudo os defeitos que me apontas
Ri-te de mim, sou estupido
Insignificante, quero paz, solta as pombas
Nunca te escondas
Amo-te ao ponto de não ter vergonha

António Galvão

terça-feira, 6 de outubro de 2009

António Galvão

Nascido a 7 de Julho de 1953 em São Sebastião da Pedreira, António Galvão cresceu sem conhecer os seus pais. Criado pela avó sempre teve uma educação mais liberal tendo assim a oportunidade de passar vivências que mais tarde foram transformadas em tinta e passadas para o pequeno caderno.

O Meu Caderno De Poemas

"O meu caderno de poemas. Pequeno mas uma grande parte de mim. Arranquei a folha daquele que para mim é o meu melhor poema para ti. Enrolei a folha e meti-a numa garrafa. Não a atirei ao mar. Chamei de amigo à primeira pessoa cara simpática que encontrei e contei-lhe que nessa garrafa estava uma parte de mim que tinha sido literalmente arrancada.
Confiei-lhe a missão de entregá-la, mas suspiro que espero que não a recebas.

Essa parte de mim agora à deriva num mar de multidão. Estou à mercê do mundo. só assim consigo sentir-me menos sozinho. Sinto as mãos do mundo em mim mas não sinto as tuas. Reconheceria o toque das tuas mãos, por isso vou saber quando a garrafa que contém parte de mim chegar até ti.”

António Galvão